“O lugar do pai: uma construção imaginária” discute a hipótese de que a
função paterna, independente de tempo e lugar, nunca deixou de existir. A pesquisa
aponta que a função paterna não está associada à figura biológica do pai
necessariamente, embora se perceba uma tendência em fazê-la; pode-se atribuir ao
sistema patriarcal esta concepção, pois estava fundamentada na autoridade do pai
da realidade. Ao dissociar a função paterna da figura do pai biológico e apontar
como função paterna aquele(a) que possibilita o encontro com a alteridade, alguém
através do qual um ato social se efetua ou aquele(a) que introduz o infans na
cultura e o configura simbolicamente, fala-se de uma mudança da circulação
pulsional; ou seja, muda-se a verticalidade do movimento e pontua a
horizontalidade.
Palavras chave: pai, função paterna, patriarcado, novas configurações.